O Grande Hotel Budapeste

Título Original: The Grand Budapest Hotel
País: Reino Unido/Alemanha
Direção: Wes Anderson
Roteiro: Wes Anderson
Elenco Principal: Ralph Fiennes, Tony Revolori e Edward Norton
Estreia no Brasil: Julho de 2014





Com aquele toque de fantasia que toda película assinada por Wes Anderson possui, O Grande Hotel Budapeste é um trabalho superficialmente simplista mas profundamente encantador. Seguindo a mesma linha de seu trabalho anterior (Monrise Kingdom), Anderson persiste em sua receita básica e consegue agora atribuir um brilhantismo à seu show.

Inspirado em uma série de trabalhos do escritor austríaco Stefan Zweig, o roteiro viaja por quatro épocas distintas (presente, 1985, 1968 e 1932) para contar a história eloquente de como Zero Moustafa (Revolori e Abraham), dono do outrora glorioso Hotel Budapeste, herdou tal posto de seu melhor amigo Gustave H. (Fiennes).

Marca registrada dos trabalhos de Anderson, o longa está repleto da sensibilidade distinta que o diretor possui e da particular vivacidade que seus cenários carregam. Quadros densamente preenchidos, travelings que acompanham lado a lado as personagens e cenas de ação com a velha técnica de stop-motion. E claro, as personagens pitorescas de Anderson; excêntricas, emotivas e apáticas ao mesmo tempo, que ganham vida com um elenco estonteante que inclui uma quase irreconhecível Tilda Swinton como uma idosa loura e de batons vermelhos chamativos.

O ritmo da projeção é bastante acelerado, alternando comédia, fuga e mistério de uma maneira bem fluida graças à operação feita pela música orquestrada por Alexandre Desplat. Sua trilha sonora evoca um guia ao espectador, conduzindo-o nessas mudanças da dinâmica e fazendo a costura entre esses diferentes gêneros. Mas há uma falta de emoção que cative mais o público, prejudicando a apatia que marca as grandes produções e deixando aquela inventiva história como uma espécie de vitrine, extremamente prazerosa é bem verdade.



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